quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Taxas, taxinhas e Salário Mínimo Social

O Facebook, aquela Rede Social, muito frequentada, pergunta-me em que estou a pensar... ora bem... Estou a pensar, para além de muitas outras coisas, boas, porque estas nada têm de bom, em taxas, taxinhas e aumentos do Salário Mínimo Nacional.

E estou a pensar nisso porquê?...

Estou a pensar nisso porque hoje veio a lume a notícia de que a taxa, ou a taxinha, como na altura ficou conhecida, da Proteção Civil que o sucessor de António Costa inventou para os habitantes de Lisboa, acaba de ser CHUMBADA pelo Tribunal Constitucional... E porque raio haveria eu de estar a pensar nisso?... certamente porque, esta coisa estranha, e completamente antidemocrata de inventar taxas destas, apenas poderia ter saído da pena do meu PSD... ou não, porque o que acabamos de ver, diz-nos que o PS e os seus também têm destas coisas... enfim!...

Em relação ao aumento do Salário Mínimo Nacional... em relação a esta coisa, o meu pensamento é um pouco mais elaborado... e diz qualquer coisa como isto:

“O Governo não subscreve um acordo a qualquer preço”...

Quem bem!... e ainda bem que quem diz isto é o sr Dr Vieira da Silva, aquele Presidente da Assembleia Geral da Raríssimas que "também" não aprovou as suas contas a qualquer preço... pode ter sido a gambas, vestidos e viagens... porque a qualquer preço não foi!... e que agora tem a desfaçatez de dizer coisas destas...

Mas o que mesmo me faz pensar nisso é ainda outra coisa: em primeiro lugar o silêncio dos camaradas de esquerda, sempre tão sedentos de criticar o governo... e que agora com um cheirinho de poder viraram engolidores profissionais de sapos; e em segundo lugar o silêncio dos meus companheiros de partido que se encontram completamente embrenhados numa campanha eleitoral interna e em vez de apontarem o dedo aos nossos opositores se deliciam a apontar para dentro... e a criticar para dentro...

Enfim!... pode ser que isto mude!... 

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Uma verdade que nos parece passar ao lado...

Escreve um grande amigo...

"A profecia de Feuerbach concretiza-se!...

«O homem será feliz somente quando tiver morto o Cristianismo que o impede de ser homem. Mas não será através de uma perseguição que se irá matar o Cristianismo, pois que a perseguição o alimenta e o reforça. Será através da irreversível transformação interna do Cristianismo num humanismo ateu com a colaboração dos próprios cristãos, guiados por um conceito que nada terá a ver com o Evangelho»
(L. Feuerbach, in “A Essência do Cristianismo”).

Feuerbach foi um dos mais notáveis filósofos do século XIX. Influenciado por Hegel, torna-se ele próprio em influenciador de Marx. Ateu e inimigo visceral da religião, em particular do cristianismo. A sua “magnam opus” é precisamente “A essência do Cristianismo” na qual faz ataques cerrados ao cristianismo. Neste livro escreveu a frase com que abro este artigo. É uma verdadeira profecia. O que pretendia ser um roteiro para acabar com o cristianismo está a ser concretizado de forma evidente. Basta um olhar atento ao que se passa à nossa volta, sobretudo de comportamentos e escritos de muitos cristãos. Não precisamos de fazer grandes esforços para descortinar factos e não meros indícios, de que Feuerbach tinha razão, sobretudo constatando factos que nos chegam todos os dias. Artigos de opinião em jornais de referência. Livros altamente publicitados de letrados eclesiásticos ou leigos. Participação nas redes sociais. Convidados de honra e cheios de honrarias em eventos culturais, mesmo em espaços da própria Igreja, etc e etc…

Observando a realidade, constatamos que o cristianismo, todas as tradições incluídas, estão em acelerado declínio objectivo.

Por exemplo, na Alemanha, a Igreja Católica só em 2016 perdeu 160 mil membros e foram fechadas 537 paróquias e em 10 anos, os católicos alemães passaram de quase 28 milhões para cerca de 23 milhões. Na França, o número de crentes católicos praticantes baixou para cerca de 4,5% nos últimos anos, sempre em declínio. Em Portugal, tomemos como um indicador sério, que é a baixa brutal dos casamentos celebrados na Igreja, segundo informações fidedignas da grande base de dados que é a Pordata, em dez anos, 2006 e 2016, a percentagem de casamentos não católicos passou de 47,6% para 64,7%, sabendo que muitos, mas mesmo muitos, dos casamentos celebrados com pompa e circunstância e pouca fé serão nulos.

O trabalho sistemático das forças interessadas e militantes contra o cristianismo é forte e constante e, muitas vezes, infelizmente, parte de dentro da própria Igreja.

Em Portugal já não estamos nos tempos de militância persecutória contra os cristãos, com expulsão das Ordens religiosas, da proibição do porte de hábitos religiosos (são os religiosos e padres seculares os primeiros a abandoná-los!), da apropriação dos bens da Igreja, por exemplo. A destruição da Igreja é, sobretudo, a nível interno sem dores nem sangue, mas pelo apagamento dos símbolos da fé, num espírito de modernidade(!); na promoção de um corpo doutrinário cada vez mais “soft” e, por isso, longe do património da nossa fé; difusão, como sendo cristãos, de princípios que atacam o património da fé em livros escritos por leigos e padres ou por estes prefaciados e elogiados (não cito nenhum para não os propagandear e até porque muitos leitores já os conhecem!) com o silêncio dos seus superiores (será que quem cala, consente?).

É por dentro que o ataque ao cristianismo é mais eficaz, como sabemos e Feuerbach o escreveu e que, como se está a verificar, tinha razão. Entretanto, vamos seguindo alienados pelo consumo e pelo relativismo imperante.

Contudo, tenhamos fé. Aqui deixo a promessa de Cristo, que nunca faltou à Sua palavra de vida: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela" (Mateus 16,18).
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Carlos Aguiar Gomes
(O autor não segue o chamado AO)"

Como ele tem razão... 

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

O TRIPLO PROTESTO VEEMENTE! de um grande amigo

Porque é muito importante que as verdades sejam ditas, não posso deixar de partilhar este brilhante texto de um grande amigo...


"O MEU TRIPLO PROTESTO VEEMENTE!

Diz o povo, na sua imensa sabedoria dos simples que: “QUEM CALA, CONSENTE”. E o povo tem razão. Temos estado muito calados face a ataques sistemáticos à nossa identidade cultural e espiritual. É indecente este nosso silêncio cobarde quando os nossos valores e a verdade da nossa história são torpedeados nada inocentemente. Vou, pois, aos meus protestos veementes. Como na matemática, a ordem dos factores é arbitrária:
  1. Na transmissão das cerimónias dos “Restauradores”, em Lisboa, para todo o mundo, enquanto iam falando sobre as Bandas de Música que abrilhantaram a cerimónia de homenagem aos “bravos de 40”, no último 1º de Dezembro, os dois apresentadores disseram várias vezes que se estava a comemorar a “restauração da independência da … república portuguesa!”. Que dislate! Que ignorância enviesada! Que afronta à nossa história! Inadmissível! O 1º de Dezembro é a comemoração da independência de Portugal. Ponto. A república foi imposta a Portugal em 5 de Outubro de 1910, muitos anos depois dessa manhã gloriosa de 1640, bem distante, assim desse golpe de Outubro de 1910. E o apresentador até acabou dando vivas à república! Como é possível tamanha ignorância nestes fulanos que se arrogam de “ fazedores da opinião pública”!
    O 1º de Dezembro não é festa de monárquicos nem de republicanos. É festa maior de Portugal! E numa simbiose de bom senso, na tribuna de honra estava o actual Chefe de Estado e a seu lado a Senhora Duquesa de Bragança.
  2. Num anúncio de uma grande cadeia de hipermercados, o Natal só existe onde está uma horrível e lasciva hipopótama, bamboleante… Já nem o velhote pai Natal aparece. A exaltação do consumo leva a este disparate “ sem pés nem cabeça”!
    O Natal é só e simplesmente, e já é muito, a comemoração do nascimento de Jesus, aproveitado para consumir. Já não bastavam as iluminações públicas de onde foram retirados todas as referências a este nascimento salvador como agora nos “ vendem” a toda a hora uma hipopótama!
  3. Ai se representassem Maomé por um urso polar! Mas num anúncio de um sorteio telefónico, em que se oferece “férias em família” numa pousada/ hotel de luxo, sobre a mesa, cheia de iguarias, está … a Sagrada Família representada por … três ursos brancos. Talvez que muitos dos meus leitores ainda não deram conta desta sacrílega representação! É pena.
    Por que razão não se promove o consumo no Ramadão representando Maomé por um urso? Porquê? Os promotores devem ter em conta que os discípulos deste “profeta” estão em crescendo na Europa onde já são milhões e em Portugal já são muitos milhares de … consumidores. Por que razão não experimentam? Tentem. Aliás em vez de três ursos só teriam de por um!
    Não se brinca com coisas sérias!
    Não sendo muçulmano também não acharia graça nenhuma se tal viesse a suceder com essa hipotética representação de Maomé. Não corro esse risco, tenho a certeza.
    Mas, sabem porque fazem isto aos símbolos cristãos, mesmo aos mais sagrados? Por que somos um bando de cobardes. Ou, ainda, teremos Fé? Ou só servimos para procissões? Ou estaremos reduzidos a uns pobres e sôfregos consumidores?

    Aqui estão as razões do meu triplo protesto!
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Carlos Aguiar Gomes
(o autor não segue o chamado AO)"


Nota: este texto encontra-se disponível em https://aquieagora-msm.blogspot.pt 

sábado, 28 de outubro de 2017

Esquerda-Direita

Ouvir até ao fim... a sra deputada Mortágua ficou mesmo incomodada... e acima de tudo, gosto muito de ver a forma como se defende e defende o PS...


http://sicnoticias.sapo.pt/opiniao/2017-10-26-Mariana-Mortagua-e-Adolfo-Mesquita-Nunes-no-Esquerda-Direita...

Dois pesos e duas medidas...



Há pouco mais de um ano, Eduardo Ferro Rodrigues, o sr Presidente da Assembleia da República, numa entrevista ao Expresso disse o seguinte: “os ordenados que os deputados recebem são maiores que os de muitos portugueses mas inferiores aos de deputados de outros países da Europa com praticamente o mesmo nível de desenvolvimento”;

Acrescentou ainda: “os políticos não podem ser colocados perante a ideia de que é mau haver subvenções vitalícias, é ma...u sair para uma empresa privada, e é tudo mau”.

Recordo isto porque há uns anos houve uma grande revolta em Portugal. Nessa Altura, uma outra figura da nossa vida política, que por sinal era Presidente da República e se chamava Cavaco Silva, disse que a sua reforma "não [iria] chegar para pagar as suas despesas"...

Acho hilariante a forma como reagimos às coisas...

Já agora, gosto mesmo muito da pose de Estado do sr Presidente da Assembleia da República patente nesta foto...


segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Incêndios... espero que este tenha sido o último dia desta guerra!


Hoje, dia 16 de outubro de 2017, pelas 19 horas começou a chover em Ponte de Lima...

Tenho dito, em jeito de brincadeira, mas uma brincadeira séria, que já não chovia há quase dois anos... e com esta frase não ando muito longe da verdade.

Gosto muito de chuva... não sei porquê, mas gosto... gosto de a ver cair... gosto de conduzir com chuva... e gosto muito de andar a ela... adoro sentir o cabelo molhado, a água a escorrer...

Hoje, que ao fim de tantos dias choveu, eu e a minha filha andamos a ela... gostamos muito... e num dia de mais uma desgraça acabamos soltar um sorriso de felicidade...

Ela acredito que o fez por causa da minha reação... eu fi-lo, porque vi na água que caía o fim de uma guerra… sim, porque Portugal esteve em GUERRA. Uma guerra sem tréguas a um DIÁBO que todos os anos nos inferniza e que este ano assumiu proporções dantescas…

O que se passou neste ano de 2017 neste nosso querido Portugal é o resultado de muitos anos de esquecimento das nossas florestas… de esquecimento e de legislação que não passa disso mesmo: lei feita para não se cumprir!...

Em resposta a uma minha publicação no facebook, hoje um amigo dizia e muito bem que a culpa não é apenas e só deste governo. Não posso estar mais de acordo: a culpa é de todos os governos que se sucederam neste país. Todos, repito TODOS, têm culpa, ninguém pode sacudir a água do capote e atribuir a culpa ao anterior.

Nem eu o posso fazer! Há cerca de 10 anos, um grande incêndio queimou parte dos montes da minha Freguesia, aqui bem perto da minha casa. Como sabem, há quatro anos assumi a presidência da Junta de Freguesia, e em quatro anos, apenas na 4ª feira da semana passada tive tempo para lá passar… e o que vi foi aterrador: ainda lá estavam pinheiros queimados, daqueles que arderam há 10 anos… mato tinha quase a minha altura… galhas, ramos e folhas depositados no chão, que em média deviam ultrapassar mais de meio metro de altura.

Espero que a chuva de hoje e a que espero caia ainda durante algum tempo faça parar este drama… Pouco mais há para queimar. Da minha parte fica desde já o compromisso de que aquela bouça não ficará muito mais tempo naquela situação… há que limpar, arrumar e ordenar a nossa floresta…

Deixo três imagens: em primeiro, duas tristes, digo mesmo, aterradoras e que mostram um Bombeiro destroçado e um Militar da Guarda a carregar uma senhora ao colo... são dois cidadãos anónimos que para sempre carregarão o "orgulho" de terem feito tudo (e muito mais) do que podiam para ajudar o próximo... a terceira imagem sou eu e a minha filhota a saborear a chuva na cara…

Um bem-haja aos combatentes desta guerra que espero tenha terminado hoje… OBRIGADO…




segunda-feira, 19 de junho de 2017

Incêndios... a cada ano, sampre a mesma história!...

E eis que chegado o calor, somos logo de repente confrontados com aquela que fica para a história como a maior tragédia dos últimos tempos em Portugal...

Quando sábado, por volta da meia noite, leio no telemóvel que 19 pessoas tinham perdido a vida num incêndio, estava longe de imaginar que este número se ia mais que triplicar...

A manhã de domingo arrancou cinzenta... sou sincero, triste, como se eu próprio estivesse a sentir na pele a perda desta gente... Só em cenários de guerra se vê disto: filhos que perdem pais... pais que perdem filhos... famílias inteiras que perdem a vida... crianças, jovens, adultos, idosos que são roubados à vida.

E eis que logo surgem entendidos... entendidos que logo dizem que tudo foi feito, que nada falhou, que era apenas e só a natureza, enfurecida, descontrolada, contra a qual nada podia ser ter sido feito... logo aparecem pessoas com lindos coletes, que debitam verdades absolutas... foi trovoada seca... os meios não são os suficientes, mas eram os que existiam... as matas não estavam limpas... os aminhos não estavam cuidados... fomos apanhados de surpresa... ainda estamos da Fase Bravo e os meios previstos no DECIF são os normais para a época!... enfim, tudo balelas... tudo tretas de pessoas que nunca viveram um incêndio na vida.

Não tenho muita experiência. Não sou, nem fui bombeiro... mas a minha passagem pelas Forças Armadas, e a minha participação nos Planos Lira e Vulcano do Exército chega para dizer que os homens que estavam no local fizeram tudo o que estava ao seu alcance para que isto não tivesse este desfecho... o problema não está neles... a culpa não é dos Bombeiros (voluntários na sua maioria); também não é dos militares da GNR; nem tão pouco dos militares das FA; e atrevo-me a dizer que também não é apenas e só dos proprietários que não limpam as suas matas e as terras envolventes às suas casas; A CULPA É DOS POLÍTICOS QUE NOS (DES)GOVERNAM ano após ano, mandato após mandato... quando estão na oposição, a culpa é sempre do governo. Pelo menos até agora, porque agora, de repente, como que por obra e graça sabe-se lá de quê, a culpa passou a ser apenas da trovoada... e quando se chega ao governo, depois da calamidade da Madeira, vivida há pouco mais de 10 meses, nada se faz, nada se muda, nada se corrige. E pior que isso, nada se assume.

Não alinho no grupo dos que pedem  demissão dos governantes quando uma coisa destas acontece... a culpa da queda da Ponte de Entre os Rios não foi de Jorge Coelho... até tenho alguma simpatia pela senhora Ministra Constança Urbano de Sousa... mas acho desumano, triste, deplorável, ou mesmo, tal como diz Henrique Raposo na sua coluna no Expresso é "obsceno ouvir o Presidente dizer “fez-se o que era possível fazer” após 64 mortes provocadas pelo fenómeno mais previsível e mais estudado de Portugal." 

Sei que no desempenho das minhas funções não tenho feito tudo o que devia na prevenção... sei que devia investir mais na limpeza das matas e florestas que estão à responsabilidade da Junta de Freguesia a que presido... mas também sei que isso implica avultados investimentos e que esses investimentos têm que ser feitos noutras áreas... 

É necessário pensar as florestas. Não podemos continuar a ser os campeões da Europa em área ardida! Não nos podemos dar ao luxo de deixar ficar tudo na mesma... temos que ser capazes de lembrar os nossos políticos que é necessário tomar medidas para fazer face às consequências dos incêndios florestais.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Sobe sobe...

A frase e a imagem não são minhas, mas têm todo o interesse (https://www.facebook.com/paulo.gorjao.7)

ERA SUPOSTO...
...ficar nos 127,7%, segundo o OE de 2016, mas derrapou para os 131,5%. Sempre a crescer. Perceber os juros passa (também) por aqui.





domingo, 29 de janeiro de 2017

À espera da vaquinha voadora...

Hoje, depois de alguma procurar, lá consegui encontrar no site da Segurança Social um determinado documento...

Era ele a DECLARAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO A TERCEIROS, um documento que autoriza uma terceira pessoa a consultar e levantar nos serviços da Segurança Social um conjunto de documentos e informações... diga-se de passagem que o documento foi reformulado e que hoje apresenta um aspeto digno e organizado, ao contrário do que acontecia com o documento anterior, onde quase não havia espaço para escrever.

Fiquei devidamente espantado é com o facto de na página 2 do referido documento aparecer o seguinte:

"5.Documentos a entregar e notas
(...)
Se enviar a autorização por correio ou internet
  • Fotocópia de documento de identificação válido com assinatura e fotografia (cartão de cidadão, bilhete de identidade, passaporte, título de residência ou carta de condução), tanto de quem faz o pedido como da pessoa a quem dá a autorização."
Imagine-se só: um serviço do Estado a obrigar o cidadão a cometer uma ilegalidade...

O cartão de cidadão para mim, uma das melhores medidas do governo Sócrates, continua a não ser devidamente explorado... depois surgem estes novos (des)governantes, que anunciam aprofundamentos grandes, ao nível do SIMPLEX... e passam-se meses e meses... e continua tudo na mesma... enfim...

Certamente estão à espera da vaquinha voadora...

O descarrilar da geringonça

E não é que passados apenas 4 dias sobre a discussão da TSU, outro diploma do Governo volta a ser debatido na Assembleia da República, e outra vez pedido por uma das peças da geringonça...

Isto é no mínimo hilariante... Como pode funcionar um governo que no espaço de uma semana se vê desautorizado duas vezes pelo seu parceiro desta cousa a que não chamam coligação e que em boa verdade não funciona como tal...

Esta questão da Carris, e da passagem da sua gestão para as mãos da CM de Lisboa é mais uma prova da estupidez da solução governativa que nos (des)governa. É estupido pensar que é um dos partidos que garante o necessário suporte parlamentar ao governo que vem precisamente questionar a decisão do governo que diz apoiar...

Ate estou para ver o que isto vai dar...

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

TSU: Onde está o acordo estável e duradouro?

TSU: Onde está o acordo estável e duradouro?: Foi durante uma entrevista na TSF que o líder parlamentar do PSD afirmou que é António Costa quem deve explicações ao país, ao ter feito um compromisso em concertação social, sabendo não ter o apoio dos partidos que o sustentam no parlamento.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Sr Primeiro-ministro, demita-se sff...



20/11/2015: “No dia em que o PS tiver de depender dos votos do PSD ou do CDS-PP para aprovar alguma matéria que seja importante, eu espero é que o doutor António Costa peça desculpa ao país e se demita”.



Já quase acredito em tudo!...


Há uns anos, um determinado Ministro de um determinado Governo, que tinha por base uma coligação, por uma birra (ou talvez não) disse que se demitia e que a sua decisão era IRREVOGÁVEL.

Esta tomada de posição, pensada, ou talvez não, dizem os entendidos, custou muitos milhões de euros à contabilidade do Estado Português... e gerou, entre um conjunto muito grande de grande entendidos, sobre tudo e sobre todos, sempre com resposta pronta para as importantes perguntas da generalidade dos jornalistas do nosso burgo, uma tomada de posição quase unanime: o governo cairia... e a culpa seria, claro está, apenas e só deles porque não negociaram, e do PR da altura porque não estava à altura e não demitia este governo que não tinha o necessário apoio parlamentar!...

Ironia das ironias, este Governo, assente numa maioria que, os entendidos diziam não existir, chegou ao fim… e foi a eleições; desta vez em coligação pré-eleitoral, para que não fossem eventualmente acusados de fraude eleitoral; e acabou por ganhar as eleições, sem maioria, mas se houve um vencedor, esse vencedor foi precisamente aquele que todos anunciavam como o perdedor…

Tomada de posse, contra tudo e contra todos… e de repente, os perdedores de 2015 anunciam um novo acordo… um acordo que pretende apenas e só derrotar PSD e CDS e formar aquilo que diziam ser uma alternativa de esquerda, devidamente alicerçada num acordo de incidência parlamentar, duradouro e estável, que pretendia devolver aos Portugueses tudo aquilo que o PS, aquando da negociação do Memorando de Entendimento acordou em tirar, mais aquilo que o PSD e CDS, por necessidade ou talvez não fizeram durante os 4 anos de vigência da dependência financeira.

Passa um mês e logo Passos Coelho faz aquilo que disse não ir fazer: viabiliza o Orçamento Retificativo de 2015, claro está, porque aqueles que apoiam o PS, decidiram não aprovar este documento… e rapidamente se chega ao Orçamento para 2016… mais uma vez, algumas medidas foram aprovadas com a abstenção do meu PSD, que mais uma vez faz o que disse não fazer.

Até que chega 2017, e uma vez mais o PS que anda há tanto tempo a dizer que o PSD é a causa de todo o mal que se fez ao país, precisa do PSD para aprovar uma medida que negociou naquilo a que apelidaram de Feira do Gado, mas que não tem concordância dos Partidos que o suportam na AR.

Chegado a isto, apetece-me dizer que é preciso ter uma lata do tamanho do mundo para querer imputar as culpas deste fracasso ao PSD… A culpa é de António Costa que acordou com o PCP, o BE e Os Verdes, algo que aparentemente não está a cumprir: todos os acordos diziam que não se iria mexer na TSU… até que para lhes agradar se diminui esta taxa esperando, claro está, que mais uma vez o PSD seja a muleta, seja aquilo que o PCP tanto dizia, esperando que PSD e PS fossem farinha do mesmo saco e aprovassem esta medida que segundo a CGTP tira aos cofres do Estado cerca de 120 milhões de Euros.

Mas Passos Coelho, mais uma vez mostra a fibra de que é feito e contra todos os tristes barões do meu PSD, contra um grupo generalizado de acólitos do PS, contra um povo amestrado pela ilusão da facilidade induzida por Costa e seus seguidores mais próximos anuncia que não mais será uma moleta do PS… e cabe ao PCP e ao BE e aos Verdes serem aquilo que queriam que PSD e CDS fossem: a muleta das coisas más, para poderem com uma falta de vergonha que não tem medida anunciar a vitória do aumento do SMN… um aumento que se faz a troco de um roubo à Segurança Social, que queriam aprovada pelo PSD, apenas e só para depois poderem apontar o dedo!...

Vergonha… vergonha que tanta instabilidade tenha tanta desculpa por parte de tantos que tanto se queixaram da instabilidade do anterior governo… vergonha de um governo que governa sem saber como, à espera de um qualquer milagre… pode ser que uma vaca voe e tenhamos sorte… não acredito, mas depois de ver o PM de Portugal vestido como um vidente, na sua recente visita à India, sou capaz de começar a acreditar em tudo!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Isolado... quem estará mais isolado?

Diz-se que o PSD está isolado!... mas o estranho nisto tudo é que o Governo é que está sozinho... o grande apoio que tinha na AR esfumou-se... ou não!...

Toda a polémica que recentemente se instalou em torno da descida da TSU revela a fragilidade de um não acordo entre três partidos, que não querem ser farinha do mesmo saco, mas que querem que os outros sejam...

 O PCP e o BE têm que, de uma vez, por todas decidir se estão ou não com o Governo. Têm que decidir se apenas querem estar ao lado do Governo nas medidas simpáticas, ou se estão dispostos a aprovar medidas menos simpáticas, que sejam necessárias para fazer rolar a geringonça.

É claramente sabido por todos que o dinheiro acaba, e que por vezes é necessário fazer sacrifícios. O problema de alguns é que querem passar a ideia de que o saco não tem fundo e que se pode sempre tirar mais alguma coisa do Estado e que este Estado tem sempre onde ir buscar mais alguma coisa.

E esta coisa da descida da TSU como forma de compensar o aumento do SMN revela o estado a que chegou o Estado Português. O PCP e o BE aprovaram o OE2017... um orçamento que previa um aumento do SMN, um aumento que tinha contrapartida uma descida da TSU.

Estes dois partidos, que não querem ser farinha do mesmo saco, têm que dizer de uma vez por todas o que querem: se estão com o PS e então aprovam a descida da TSU, ou então não estão e dizem-no claramente.

O que não podem é continuar a querer estar nas coisas boas e atirar as culpas das coisas más para os outros!...

O PSD não está isolado!... isolado está o PS, que não podendo contar sempre com o apoio do PCP e do BE, pensa que o PSD é a muleta que o vai socorrer sempre que for necessário.

Caso para perguntar: onde andava o PSD, quando era necessário apoiar o PSD?

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Soares: “O pai nunca teria feito o que fez sem a nossa mãe”

Ontem, ouvi pela rádio partes da cerimónia de despedida do presidente Soares... Como é sabido, nunca tive grande simpatia por ele... Respeito a sua luta, uma luta que nos deu a liberdade de ter liberdade, e há uma frase de Soares que me marca e que diz qualquer coisa como: "O que me dá mais orgulho não é ter sido Presidente da República nem primeiro-ministro. É ter sido 32 anos a fio resistente contra a ditadura".
Mas a frase que julgo marcar este dia foi precisamente a seguinte: “O pai nunca teria feito o que fez sem a nossa mãe”... Com toda a certeza Soares não teria sido o Soares que conhecemos sem Maria Barroso!...

Deixo aqui o link com o discurso emocionado da sua filha, Isabel...