sexta-feira, 28 de abril de 2023

As conquistas de Abril, a Democracia e a Liberdade são valores de todos e para todos e são demasiadamente valiosos para as considerarmos definitivamente construídas e consolidadas

Cumpriram-se, na passada segunda-feira, 49 anos sobre aquela madrugada em que um punhado (grande) de militares (heróis) deram a volta ao estado a que o Estado tinha chegado e puseram fim ao Estado (bafiento) a que se chamava de Novo.

Neste dia, e nos que se lhe seguiram, em Portugal, muitos caminharam juntos (outros nem por isso) para a construção de um país livre e democrático, um país melhor.

Volvidos estes 49 anos, somos, muitas vezes, confrontados com sentimentos contraditórios… sei bem que a larga maioria dos nossos concidadãos considera que o Portugal saído do 25 de abril é muito melhor que o Portugal do 24 de abril de 1974… no entanto, haver quem pense o contrário, deve ser suficiente para tirar o sono a todos aqueles que têm a responsabilidade de gerir a coisa pública. 

O Portugal do 24 de abril de 1974 era (como ainda hoje é) um país pobre; era um país de partido único; não havia eleições livres e a maioria das mulheres não podia votar; não havia liberdade de imprensa; havia censura; havia a PIDE; não havia Liberdade.

O Portugal de hoje é aquilo que se vê; é aquilo que, livremente, escolhemos que seja; é aquilo que, alguns fazem ser e que outros se abstêm de fazer. 

Nasci em 1977… conheço o 24 de Abril pelos livros, pelos filmes, pelos testemunhos dos que viveram o Estado “Velho”… conheço o 25 de Abril pelos livros, pelos filmes, pelos testemunhos dos que viveram esta importante época da nossa história e pelas consequências que tiveram na minha e na nossa via. E isso é suficiente para afirmar que não me consigo imaginar a viver em qualquer outro regime que não este, que não sendo perfeito, é tal como disse um dia Winston Churchill "o pior dos regimes, à exceção de todos os outros".

As conquistas de Abril, a Democracia e a Liberdade são valores de todos e para todos e são demasiadamente valiosos para as considerarmos definitivamente construídas e consolidadas. 

Há muito ainda que aperfeiçoar. Haverá sempre algo a corrigir. Urge inverter esta triste realidade que nos confronta diariamente com acontecimentos, locais e nacionais, que,  empolados por uns e desvalorizados por outros, fazem perigar esta enorme conquista e levam ao surgimento de descontentamentos que alimentam descrenças, populismos e populistas. 

A Liberdade e a Democracia conquistadas em 25 de Abril de 1974, depois consolidada em 25 de Novembro de 1975 e confirmadas na CRP de 1976 são os ganhos mais marcantes da nossa história recente; são, no essencial, aquilo que, entre outras coisas, nos deu a possibilidade de hoje estarmos aqui!... mas deu-nos também a responsabilidade de, estando aqui, honrarmos o voto de todos aqueles que em nós depositaram a sua confiança. 

Não nos podemos nunca esquecer que cabe a todos nós, com poderes executivos ou deliberativos, membros dos diversos executivos ou da oposição, corresponder com trabalho sério e dedicado à confiança que em nós foi depositada. 

Se o fizermos estaremos a dar razão a todos aqueles que se deixam levar por populismos e populistas ou que, resignados com o estado a que o nosso Estado está a chegar, se demitem do dever de escolher quem querem à frente dos destinos da sua Freguesia, Concelho ou País.

Termino… 

O 25 de abril fez-se comandado pelos valorosos Capitães de Abril que comandaram um largo número de militares. PTL julgo não ter Capitães… mas teve com toda a certeza muitos Soldados que, ao seu lado, marcharam pela liberdade neste dia… e para além dos militares, muitos outros nossos concidadãos, civis, viveram estes dias com a mesma força e alegria. 

Agora que se aproxima a comemoração dos 50 anos desta importante data, e porque Ponte de Lima não lhe pode passar ao lado, julgo que seria importante assinalar esta data com uma sessão solene onde estivessem representados e com intervenção todas as forças políticas designadamente partidos e os movimentos independentes; para além disso, proponho que sejam recolhidos os nomes dos militares que participaram nas ações militares deste dia e eventualmente as suas impressões e testemunhos.


Ponte de Lima, 28 de abril de 2023,


Filipe Amorim,

Presidente da Junta de Freguesia de Rebordões (Souto)


quinta-feira, 27 de abril de 2023

SILERE NON POSSUM // n.º 35 // Carlos Aguiar Gomes


SILERE NOM POSSUM


(Não me posso calar – Santo Agostinho)

“Para destruir um povo é preciso destruir as suas raízes.” (Alexandre Soljenitsyne)

Carta aos meus amigos - n.º 35

BRAGA, 27 - ABRIL - 2023

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PAX


"O ser humano já é um ser completo desde a sua concepção e, desde esta concepção, possui o direito inalienável e completo de viver, e a mãe tem o dever de fazer com que este direito seja concretizado."


Comemoramos a 28 de Abril, amanhã, a festa de uma Mulher, Médica e Mãe que o Papa S. João Paulo II Magno inscreveu no catálogo dos santos: Santa JOANA BERETA MOLLA. 

Joana Beretta Molla, médica e mãe de 4 filhos, nasceu em Magenta (Itália) a 4 de Outubro de 1922, tendo falecido a 28 de Abril de 1962, dia do grande santo mariano, S. Luís Grignion de Montfort. Foi Beatificada por S. João Paulo II Magno em 24 de Abril de 1994 – Ano Internacional da Família – e Canonizada em 16 de Abril de 2004 pelo mesmo Papa. Estamos, assim, em pleno ANO JOANITA (1922 /2023) celebrando o centenário do seu nascimento.

Santa Joana Molla é bem o exemplo da luta pelo DIREITO À VIDA e por isso que hoje, nesta minha Carta aos meus Amigos-leitores, recordo a sua memória.

Joana Molla foi um Mulher do seu tempo, o nosso tempo, alegre, divertida, desportista, competente como profissional de Pediatria, entregue a causas sociais com os frágeis entre os frágeis. Foi uma Esposa exemplar e uma Mãe que soube estar sempre ao serviço dos seus 4 filhos, dando a vida para salvar a vida da última filha que ainda está viva – Gianna Emanuela Molla.

Como médica sabia que a sua última gravidez era de grande risco para ela. Mas, contra o parecer de muitos dos seus colegas, negou-se sempre a abortar o filho que trazia no seu ventre. Deu, e persistiu nesta instrução, até ao fim da sua vida, que tudo deveria ser feito para salvar a vida das duas, a dela e a da filha, mas que se, em última análise se tivesse de escolher a vida dela ou do filho, era este que deveria ser salvo.

S. João Paulo II Magno ao conhecer a vida desta Mulher, ficou fascinado e entusiasmado para a propor à Igreja e ao mundo, como um exemplo. Como escrevi acima, foi o «Papa da Vida e da Família» que a Beatificou no ano Internacional da Família – 1994.

Neste momento Cultural do Ocidente em que o Aborto foi generalizado e banalizado, contra o mais fundamental direito humano, o DIREITO À VIDA, a vida de Joana Beretta Molla merece ser conhecida e expandida. Ela é um exemplo para todos nós que estamos engajados na luta pelo DIREITO À VIDA e para todas as mulheres grávidas, particularmente para as que têm uma gravidez de risco como foi a última de Giana Bereta Molla.

Para ao meus Amigos leitores deixo aqui um curto conjunto de frases de Giana Molla que poderão servir-nos de guia para a nossa vida. 
  1. “Não tenhas pressa em ver os resultados, sabe esperar. Apressa-te a semear mas não a colher. É o Senhor que age. A Graça tem os seus caminhos escondidos (…) Persevera.”
  2. “Devemos ser a luz do mundo, isto é. Com o nosso exemplo devemos fazer resplandecer o ideal da verdadeira vida cristã”.
  3. “Amar significa desejo de nos aperfeiçoar-nos a nós próprios, a pessoa amada, superar o próprio egoísmo, dar-se…”.
  4. “O verdadeiro amor, é o amor que não dura somente um dia, mas sempre…”.
  5. “… E, sobretudo, se queremos que o nosso apostolado seja fecundo, unamos à oração e acção o sacrifício.” 
  6. “Desejo que a nossa família seja um verdadeiro cenáculo onde Cristo reine e se sinta em sua casa para guiar e dirigir todos os nossos passos, para iluminar todas as nossas decisões e cada uma das nossas acções.”
Pelo DIREITO À VIDA nunca me calarei. Não posso. Não quero. Não devo.

Não me posso calar!

SILERE NON POSSUM!

Carlos Aguiar Gomes (facebook.com/carlos.aguiargomes), Braga, 27 de abril de 2023.

segunda-feira, 24 de abril de 2023

Quem quiser vir dê um passo em frente



“Como sabem, existem vários tipos de Estado. Os Estados socialistas, os Estados capitalistas, e o estado a que chegámos. Nós vamos marchar até Lisboa para pôr fim ao estado a que chegámos. Quem quiser ficar pode abandonar a parada e recolher à caserna. Quem quiser vir dê um passo em frente.”
Capitão de Cavalaria Salgueiro Maia, 24 de abril de 1974

https://www.50anos25abril.pt/iniciativas/salgueiro-maia

sábado, 22 de abril de 2023

SILERE NON POSSUM // n.º 34 // Carlos Aguiar Gomes


SILERE NOM POSSUM

(Não me posso calar – Santo Agostinho)

“Para destruir um povo é preciso destruir as suas raízes.” (Alexandre Soljenitsyne)

Carta aos meus amigos - n.º 34

BRAGA, 20 - ABRIL - 2023

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PAX


EUTANÁSIA: a escolha entre AMAR E MATAR!


PENSAR A FAMÍLIA, COM A FAMÍLIA E PARA A FAMÍLIA


… Entretanto o Governo daquele país nórdico vai ampliar ainda mais a Eutanásia legal: poder aplicar-se a crianças dos 1 aos 12 anos. O argumento já é bem nosso conhecido e, o que se lhe sucede igualmente: será aplicado a todas as crianças que o desejam e a tal sejam induzidas. Aliás, é o que sucede aos velhos, aos dementes, aos lúcidos … a todos os que querem e a todos os que a família ou outros “agentes” decidem aplicar o fim de vida “assistida”! Obviamente que todas as “mortes assistidas”, eufemismo “soft” para eutanásia, é uma interrupção da vida sem retorno. A morte legal. A morte como foi defendida por Hitler e seus sequazes para judeus, homossexuais, católicos e outros indesejáveis para a pureza raça ariana. Tal como agora só com produtos letais diferentes e em ambiente esterilizado do ponto de biológico e, sem ser em grupo, mas sozinho, abandonado o candidato a ser morto. Tristeza de tempos.

Em Portugal espera-nos um cenário idêntico. Igual. É assim que se tem passado em TODOS os países onde a Eutanásia está legalizada…

Infelizmente, o nosso Chefe de Estado, não é o Rei Balduíno. É Marcelo Rebelo de Sousa que se diz católico e, em vez de uma vez por todas, dizer que nunca assinará a legalização da Eutanásia, vai arranjando alibis, todos muito constitucionais, para adiar a assinatura final. Deus queira que me engane e que o presidente da república seja coerente com a sua Fé que professa publicamente. 

O que é mais importante: abrir uma crise constitucional com eleições presidenciais antecipadas ou ficar para a História de Portugal como o presidente que aprovou a Eutanásia?

Por mim, sei o que faria e, por que sou e procuro ser coerente com a minha Fé, não me posso calar. Não me calarei. Nem que a lei, que como qualquer outra lei, pode ser revertida (quantas já não o foram e o país não acabou?) seja aprovada como é expectável, não me calarei. Assim tenho procedido com o Aborto ou com a chamada Procriação Medicamente Assistida, sobretudo a heteróloga. 

Sou contra os retrocessos civilizacionais, como é o caso da reintrodução da morte legalizada e aplicada com os nossos impostos. Contra a escravatura. Contra o racismo cromossómico ou melânico. Contra a pena de morte qualquer que seja o método. Contra o trabalho forçado. Contra a falta de liberdade de expressão do nosso pensamento. A nossa Civilização não pode recuar! Não podemos deixar! Não podemos deixar que legislem sem nos ouvir. A Liberdade, valos supremo da nossa Cultura hodierna corre perigo.

Permitam-me, caros Amigos-leitores, que sugira a visita assídua ao sítio belga (em francês e inglês) sobre estes problemas e outros de natureza civilizacional relacionados com a Bioética: www.ieb-eib.org. Visitem este sítio e vão ver como é importante para nos mantermos bem informados e com rigor científico e não nos deixarmos influenciar pela pataranhas melífluas e “misericordiosas” do Pensamento Único seus aderentes acéfalos que gostam de estar na moda acriticamente.

Assim, como me posso calar?

Não, não me posso calar!

SILERE NON POSSUM!

Carlos Aguiar Gomes, Braga, 20 de abril de 2023.

Lula, o homem que não acredita na autodeterminação de um estado democrático

“Durante as eleições brasileiras acreditámos com tanta força que Lula era um mal menor, que quase que nos convencemos que era bom. E, agora, Lula que nunca enganou ninguém, voltou a dizer o que sempre disse publicamente, e sempre pensou. E nós lembrámo-nos que o senhor do "entre um e outro venha o Diabo e escolha, mas o diabo escolheria o outro", vinha falar a Portugal no dia da democracia. A questão é o não reconhecimento da invasão da Ucrânia e a responsabilidade da guerra por Moscovo.

O problema não é Lula ter dito o que sempre pensou. O problema não foi Lula tê-lo dito a dias de aterrar em Portugal. O problema não foi ter dito o que sempre disse. O problema não foi tê-lo dito na China. O problema não foi Lula vir a Portugal. O problema é, e sempre foi, acreditar que um homem que não acredita no valor democrático da autodeterminação de um Estado soberano, podia ser convidado para falar na Assembleia da República, no dia em que celebramos a democracia, no aniversário do dia em que concedemos a outros Estados o direito à sua existência sem ingerências forçadas e tropas portuguesas a fazer guerras em terras alheias.

Lula é o sapo que conseguiu lembrar os portugueses que era mais do que o homem que tirou Bolsonaro do poder. E quem agora tenta atenuar as palavras do Presidente brasileiro põe-se no papel dos que tentavam atenuar as palavras de Bolsonaro. Agora, com medo que as danças que o Chega anda a fazer no TikTok chegassem à Assembleia da República. Com receio das reações dos outros partidos. Com medo que os Ucranianos se fizessem ouvir mais que os gritos das celebrações do 25 da abril, Lula irá entrar no parlamento falar e sair antes da festa começar.

O Presidente do Brasil, a sua visita de Estado, e as relações entre Portugal e o Brasil mereciam uma maior dignidade. Os brasileiros não merecem os convites feitos, desfeitos e refeitos. O Presidente do Brasil merece um calendário que não fosse alterado de véspera, e uma visita onde a diplomacia imperasse. Ignorando o que devia ser ignorado e valorizando o que tem que ser valorizado. E, claro, negociando as possíveis cedências onde tivessem que ser negociadas. Mas, para isso, a visita nunca devia acontecer no 25 de abril, e agora já é demasiado tarde.”

terça-feira, 18 de abril de 2023

Lula da Silva é claramente tendencioso!... defende um dos lados: o MAU, o INVASOR, o AGRESSOR!…

 O Governo ucraniano convidou o Presidente do Brasil, Lula da Silva, a visitar a Ucrânia para entender as causas e as consequências da agressão russa ao país…

Infelizmente, isto é uma perda de tempo: este senhor, Presidente da República Federativa do Brasil, não quer ver que existe “uma vítima” e “um agressor” e estes não podem ser tratados da mesma maneira!…

Lula da Silva é claramente tendencioso!... defende um dos lados: o MAU, o INVASOR, o AGRESSOR!…

segunda-feira, 17 de abril de 2023

Lula, "fez uma declaração, cuja fórmula tem todas as características próprias dos inimigos da posição geoestratégica de Portugal"

A respeito das tristes (mas muito pensadas) palavras do senhor Presidente da república Federativa do Brasil, ontem, no programa O princípio da Incerteza, na TSF e na CNN, houve um grande consenso entre os três comentadores; passo a transcrever:

Pacheco Pereira afirmou: "Um homem que vem a um país que faz parte de um continente que foi invadido militarmente, que faz parte de uma aliança política que está envolvida, mesmo que indiretamente, no conflito, não pode considerar indiferentes as afirmações de um presidente de um país nosso amigo, com legitimidade eleitoral, mas que do ponto de vista internacional são perigosas, inaceitáveis e condenáveis".

António Lobo Xavier considera que Lula da Silva, "a propósito da guerra da Ucrânia, fez uma declaração, cuja fórmula tem todas as características próprias dos inimigos da posição geoestratégica de Portugal. Está lá tudo. Primeiro, quer criar uma nova ordem internacional mais justa, com outro alinhamento, quer alinhar com a Rússia e com a China para produzir uma ordem internacional que lhe agrade mais e mais justa. Isto é o mais sinistro que existe e o mais nos antípodas na política externa portuguesa".

Por seu turno Alexandra Leitão, afirmou que "o que o Presidente Lula disse não é a posição que me parece a posição de Portugal, da UE, e que a meu ver é a correta. Nesse caso, julgo que uma demarcação se justificaria".

Enfim...

sábado, 15 de abril de 2023

Lula enxovalhou-nos e vai enxovalhar-nos novamente

 Há uns tempos, certamente porque interessava a alguém, perdeu-se muito tempo a discutir se Lula da Silva devia ou não ser convidado a discursar na Assembleia da República nas comemorações do 25 de Abril.

Se dúvidas houvesse, as declarações deste senhor Presidente da República Federativa do Brasil, na sua visita à República Popular da China, são evidentes e claramente justificam o NÃO!…


A Europa vê-se a braços com uma guerra sangrenta, na qual, um agressor, impiedoso, destrói tudo e todos… um país invadido e destroçado… mortos, todos os dias… cidades destruídas… soldados decapitados… indústria destruída… o “celeiro” da Europa espezinhado… e, esta mesma Europa para evitar males maiores, como que mostra medo e respeito ao invasor… vai apoiando como entende ser possível (e eu entendo que devia mais)…  e… de repente este “vermelho”, iluminado, amigo do nosso Sócrates, mas também do nosso Costa e, pelos vistos, também do nosso Marcelo, ataca a Europa acusando-a de ser responsável “pela continuação da guerra”.

 

Hoje, fomos enxovalhados… e seremos ainda mais se lhe permitirmos usar a palavra na casa da Democracia no dia em que se assinala essa mesma enorme conquista!…  bem sei que a liberdade de expressão foi uma das maiores conquistas do Abril de 74… mas permitir que nos venham enxovalhar desta forma, depois de tantas palmas terem dado ao Presidente Zelensky, não me parece que nos dignifique…

 

 

quinta-feira, 13 de abril de 2023

SILERE NON POSSUM // n.º 33 // Carlos Aguiar Gomes

 

SILERE NOM POSSUM

(Não me posso calar – Santo Agostinho)

“Para destruir um povo é preciso destruir as suas raízes.” (Alexandre Soljenitsyne)

Carta aos meus amigos - n.º 33

BRAGA, 13 - ABRIL - 2023

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PAX


«A imagem de Deus na natureza humana manifesta-se na complementaridade do masculino e do feminino. O homem e a mulher foram criados um para o outro: o mandato de ser fecundos depende desta relação recíproca, que é santificada pela união matrimonial.»


PENSAR A FAMÍLIA, COM A FAMÍLIA E PARA A FAMÍLIA


Perante o ataque permanente e agressivo da Ideologia do Género e concomitante pensamento Woke na nossa sociedade e que está a contaminar todos os sectores da sociedade, atacando a Ciência e a Moral, com a conivência dos diferentes poderes que nos regem, ler e reflectir sobre a Carta Pastoral dos Bispos da Escandinávia ( Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia e Islândia) sobre a sexualidade humana, é salutar e anima-nos a não nos darmos por derrotados ou considerar-nos como uns pobres retrógrados . 
Assim, nesta minha Carta semanal, decidi, com a devida autorização, publicar na íntegra a Carta Pastoral que os Bispos daquela Conferência Episcopal Católica emitiram no passado V Domingo da Quaresma. Trata-se, esta precioso documento, de um bem elaborado texto e escrito com a coragem que é verdadeiramente exemplar, modelo que todos deveríamos seguir. Não há meias palavras ou verdades acinzentadas. Nesta Carta Pastoral há clareza de linguagem e frontalidade de que andamos necessitados. Todos temos de ter o pensamento bem “alimentado” para sabermos fazer frente aos ataques sistemáticos contra a Ciência e a Moral. E não termos medo de afirmar a verdade pois só esta nos liberta da opressão generalizada do erro que procura impor um “ novo homem” feito à imagem e modelado pela Ideologia do Género, uma construção da chamada “ engenharia social” tão na moda.
Creio que os meus Amigos-leitores irão apreciar o teor desta Carta Pastoral que nos chegou vinda do Norte da Europa mas que serve para todas as latitudes. Os Bispos que integram esta Conferência Episcopal tiveram a coragem de ser claros contrariando o cinzentismo, caos e meias verdades que grassam em muitos meios eclesiásticos. Devemos estar-lhes gratos por fazerem apelo às verdades da Fé, à Ciência e ao bom senso, sem deixar de, e bem, aconselharem o acolhimento, que não é aceitação do erro em que querem viver, das pessoas que, perturbadas, manipuladas e confusas, nos tentam obrigar a ler pela “sua cartilha” ideológica que, descaradamente, apaga os dados rigorosos da Ciência, nomeadamente da Biologia, mas também das regras constitutivas da nossa Gramática.

Vivemos um tempo, este que nos é dado viver, em que precisamos de coragem para contrariar o “Pensamento Único” que nos estão a impor.

A Carta Pastoral que transcrevo seguidamente vai ajudar-nos a clarificar ideias e obter argumentos para sabermos opormo-nos à tirania ideológica dominante.

…e, caros Amigos-leitores, tenhamos a coragem de não nos deixarmos levar pelas mentiras e ideias falaciosas que “navegam” nos media, nas escolas e em todos os ambientes que podem influenciar-nos!
Como nunca, precisamos de pessoas com coragem mesmo sabendo que correm o risco do martírio, da perseguição e do “ apagamento” social e cultural.

Caros Amigos-leitores, não receiem divulgar esta minha Carta que se enriqueceu com a referida Carta Pastoral da Conferência Episcopal da Escandinávia!


CONFERENTIA EPISCOPALIS SCANDIAE

CARTA PASTORAL
Sobre
a
Sexualidade  Humana

V Domingo da Quaresma de 2023

Queridos irmãos e irmãs,

Os quarenta dias da Quaresma recordam os quarenta dias de jejum de Cristo no deserto. Mas tal não é toda a realidade. Na história da salvação, os períodos de quarenta dias indicam etapas na obra da obra divina da redenção que continua até aos dias de hoje. A primeira intervenção de Deus foi a que teve lugar em tempos de Noé. Antes da destruição que o homem tinha causado (Gen 6,5), o Senhor submeteu a terra a um baptismo de purificação: «choveu sobre a terra quarenta dias e quarenta noites» (Gen 7,12). O resultado foi um novo início.

Quando Noé e os seus regressaram a pôr os pés em terra num mundo completamente depurado pela água, Deus estabeleceu a sua primeira aliança com todos os seres viventes. Prometeu que nunca mais uma inundação nunca mais voltaria a destruir a terra. À humanidade pediu justiça: honrar a Deus, construir a paz, ser fecundos. 

Estamos chamados a viver abençoados na terra e a encontrar alegria de uns com os outros. O nosso potencial é maravilhoso sempre que recordemos quem somos: «a imagem de Deus fez o homem» (Gen 9,6). Estamos chamados a converter em realidade esta imagem através das nossas escolhas de vida. Para ratificar esta aliança, Deus pôs um sinal no céu: «porei o meu arco no céu, como sinal da minha aliança com a terra. Aparecerá o arco nas nuvens, ao vê-lo recordarei a aliança perpétua entre Deus e todos os seres viventes, todas as criaturas que existem na terra» ( Gen 9, 13,16).

O sinal desta aliança. O arco-iris, tem sido revindicado no nosso tempo como o símbolo de um movimento político e cultural. Reconhecemos tudo o que é nobre nas aspirações deste movimento. Na medida em que falem da dignidade de todo o ser humano e o seu desejo mais profundo de ser visto pelo que é, compartilhamos essas aspirações. A Igreja condena todas as formas de discriminação injustas, incluindo as que se baseiam no género ou na orientação afectiva. Discordamos, pelo contrário, quando um movimento propõe uma visão da natureza humana separada da integridade corporal da pessoa, como se o género físico fosse acidental. E protestamos quando se força essa visão sobre as crianças apresentando-a como uma verdade comprovada e não como uma hipótese temerária e quando se a impõe aos menores como uma pesada carga de autodeterminação para que não estão preparados. Resulta apelativo que uma sociedade tão atenta ao corpo nos factos o trate com superficialidade ao não o considerar como significante da identidade. Assim, se pressupõe que a única identidade que conta é a que brota da autopercepção subjectiva, a que surge à medida que vamos construindo a nossa imagem.

Quando professamos que Deus nos criou à sua imagem não só se refere à alma: está, também, misteriosamente inscrita no corpo. Para os cristãos o corpo é uma parte intrínseca da personalidade. Cremos na ressurreição da carne. Certamente «todos seremos transformados» (1Cor 15, 53). Não podemos, pois, imaginar como serão os nossos corpos na eternidade, mas com a autoridade da Bíblia, fundada na tradição, acreditamos que a unidade do espírito, alma e corpo foi feita para perdurar e não tem fim. Na eternidade seremos reconhecíveis como quem somos agora e os conflitos que ainda impedem um pleno desenvolvimento do nosso verdadeiro ser serão resolvidos.

«Pela graça de Deus sou quem sou» (1 Cor 15,10): S. Paulo teve que lutar contra si mesmo para professar esta profissão de Fé. Com frequência, tal como sucede connosco. Estamos conscientes de tudo o que não somos: concentramo-nos nos dons que não recebemos, no afecto ou no apoio que de que carecemos. Esta situação enche-nos de tristeza. Queremos compensá-la, e ainda que por vezes seja razoável, frequentemente é inútil. O caminho para a aceitação de si próprio passa por nos confrontarmos com a realidade vivida. A Bíblia e a vida dos santos mostram-nos como as nossas feridas, por graça de Deus, podem tornar-se fonte de cura para os nós e para os outros.

A imagem de Deus na natureza humana manifesta-se na complementaridade do masculino e do feminino. O homem e a mulher foram criados um para o outro: o mandato de ser fecundos depende desta relação recíproca, que é santificada pela união matrimonial. Na Escritura, o matrimónio de um homem e de uma mulher converte-se na imagem da comunhão de Deus com a humanidade, que encontra a sua perfeição no banquete das Bodas do Cordeiro na consumação dos tempos (Ap 19: 7). Sem dúvida, isto significa que para nós esta união nupcial seja simples e desprovida de sofrimento. Para algumas pessoas parece inclusive uma opção impossível. Na nossa intimidade, a integração interior das características masculinas e femininas pode resultar difícil. A Igreja tem consciência de tal. Ela deseja acolher e consolar todos aqueles que experimental dificuldades neste âmbito.

Como vossos bispos queremos dizer isto claramente: estamos à disposição de todos para acompanhar a todos. A aspiração ao amor e a procura de uma sexualidade integrada tocam aos seres humanos no seu mais íntimo É um aspecto em que somos vulneráveis. O caminho até à plenitude requer paciência mas há alegria em cada passo em frente. A passagem da promiscuidade à fidelidade, por exemplo, é já um salto enorme, independentemente de que essa relação, agora fiel, corresponda inteiramente ou não à ordem objectiva de uma união nupcial abençoada com o sacramento. Toda a busca da plenitude e integridade merece respeito e deve ser apoiada. O crescimento em sabedoria e virtude é orgânico, ocorre de modo gradual. Ao mesmo tempo para que o crescimento dê fruto deve estar ordenado para um fim. A nossa missão e tarefa como bispos é assinalar a orientação do caminho dos mandamentos de Cristo que são fonte de paz e de vida. O caminho é estreito no princípio mas alarga-se à medida que avançamos. Oferecer algo menos exigente seria defraudar-vos. Não recebemos a Ordem Sagrada para pregar pequenos ideais da nossa própria lavra.

A Igreja é fraterna e hospitalária, há lugar para todos. Um texto antigo declara que a Igreja é «a misericórdia de Deus descendo à humanidade» (Gruta dos tesouros, midrash arameu do século IV). Esta misericórdia não exclui ninguém, as fixa um ideal elevado. Este ideal está exposto nos mandamentos, que nos ajudam a crescer mais acima das nossas apertadas noções da nossa identidade. Estamos chamados a convertermo-nos em homens e mulheres novos. Todos possuímos aspectos caóticos da nossa pessoa que precisam de ser ordenados. A comunhão sacramental pressupõe uma vida vivida de modo coerente em conformidade com a aliança selada pelo Sangue de Cristo. Pode acontecer que as circunstâncias de vida de um fiel católico impeçam, por algum tempo, de receber os sacramentos. Ele ou ela não deixam de ser membros da Igreja. A experiência do exílio interior vivida na fé pode conduzir a um sentido de pertença mais profundo. É o que sucede frequentemente nos exílios bíblicos. Cada um de nós tem que recorrer ao seu próprio êxodo, mas não caminhamos sozinhos.

Em tempos de provação o sinal da aliança primeira de Deus envolve-nos. Chama-nos a procurar o sentido da nossa existência, não nos fragmentos da luz refractada do arco- iris, mas na fonte divina de todo o espectro, completo e maravilhoso, que provém de Deus e nos convida a tornarmo-nos semelhantes a Ele. Como discípulos de Cristo, que é a imagem de Deus (Col1,15), não podemos reduzir o sinal do arco-iris a algo menos do que o pacto vivificante entre o Criador e a criatura. É insuficiente do ponto de vista cristão.

Deus ofereceu-nos «preciosas e sublimes promessas, para que, por meio delas (sejamos) participantes da natureza divina» (2 Ped 1,4). A imagem de Deus impressa no nosso ser procura a santificação em Cristo. Qualquer noção do desejo humano que seja inferior a este “referente” é insuficiente do ponto de vista cristão.

Ora bem, na actualidade as ideias do que é o ser humano e o seu carácter sexuado encontram-se em estado de fluidez. O que se dá por certo hoje, amanhã pode ser negado. Quem se apegue demasiado a teorias passageiras corre o risco de sair desiludido amanhã. Pelo contrário, necessitamos raízes profundas. Procuremos, pois, fazer nossos os princípios fundamentais da antropologia cristã em vez de nos acercarmos com amizade e respeito aos que se sentem afastados de eles. Testemunhar do que acreditamos e por que cremos que é verdadeiro é nosso dever perante o Senhor, diante de nós e ante o mundo.

O ensinamento cristão sobre a sexualidade causa perplexidade em muitas pessoas. Oferecemos um conselho amigo a essas pessoas. Em primeiro lugar, recomendamos familiarizar-se com a chamada e a promessa de Cristo: conhecê-lo melhor na Escritura e na oração, pela liturgia e do estudo do ensinamento integral da Igreja, e não em fragmentos encontrados aqui e ali. Participai da vida da Igreja. A amplitude das perguntas iniciais se alargará, assim, dilatando a vossa mente e o vosso coração. Em segundo lugar, tende consciência das limitações de um discurso puramente secular sobre a sexualidade. Este discurso necessita ser enriquecido. Necessitamos de um vocabulário adequado para falar sobre estes temas tão importantes. Teremos uma rica contribuição para levar se recuperamos a natureza sacramental da sexualidade segundo o plano de Deus, a beleza castidade cristã e a alegria da amizade. Esta última permite-nos descobrir que uma intimidade grande e libertadora também pode encontrar-se em relações de carácter não sexual.

No ensinamento da Igreja é habilitar o amor e não impedi-lo. No final do Prólogo do Catecismo da Igreja Católica, de 1992, repete um texto do Catecismo Romano de 1566: “Toda a finalidade da doutrina do ensino deve ser posta no amor que não acaba. Porque se pode expor muito bem o que e preciso acreditar, esperar fazer, mas sobretudo deve ressaltar que o amor de Nosso Senhor sempre prevalece, a fim de que cada um compreenda que todo o acto de virtude perfeitamente cristão não tem outra origem que o amor, nem outro fim que o amor.” (CIC, 25; cf. 1 Cor 13.8). É por este amor que o mundo foi criado e a nossa natureza criada. O exemplo de Cristo, o seu ensinamento, a sua paixão salvadora e a sua morte manifestaram este amor que reina vitorioso na sua gloriosa ressurreição, que celebraremos com alegria durante os cinquenta dias da Páscoa, Que a nossa comunidade católica, tão polifacetada e colorida, possa dar testemunho deste amor na verdade.

D. Czelaw, Bispi de Compenhaga (Dinamarca), Presidente
Card. Andera Arborelius OCD, Bispo de Estocolmo (Suécia)
D. Peter Burcher, Bispo Eméritob de Reikjavique (Islândia)
D. Bernt Eidsvig Can.Reg. Bispo de Oslo (Noruega)
D. Berislav Grgic, Bispo-Prelado de Temso (Noruega)
P. Marco Pasinato, Administrador Diocesano de Helsínquia (Finlândia)
D. David Tencer OFM Cap., Bispo de Reikjavique (Islândia)
D. Erik Varden OCSO, Bispo –Prelado de Trondheim (Noruega).
 
Perante esta notável exortação, pode-se ficar indiferente?
Por mim, não me posso calar!

SILERE NON POSSUM!

Carlos Aguiar Gomes, Braga, 13 de abril de 2023.

quinta-feira, 6 de abril de 2023

SILERE NON POSSUM // n.º 32 // Carlos Aguiar Gomes


SILERE NOM POSSUM

(Não me posso calar – Santo Agostinho)

“Para destruir um povo é preciso destruir as suas raízes.” (Alexandre Soljenitsyne)

Carta aos meus amigos - n.º 32

BRAGA, 06 - ABRIL - 2023

+
PAX



… Cortem-se as raízes às árvores e vejam o que sucede…

PENSAR A FAMÍLIA, COM A FAMÍLIA E PARA A FAMÍLIA


As políticas vocacionadas para as famílias (e, talvez, para outras áreas!), devem basear-se em alguns princípios que vou enumerar mas que não irei desenvolver. Assim, as políticas dedicadas às famílias devem respeitar e promover:

- A UNIVERSALIDADE, que olha e trabalha para todas as famílias, sem qualquer excepção;

- A GLOBALIDADE de cada família que deve ser entendida como um todo que é muito mais do que a soma das partes e que, por isso, exige políticas abrangentes e não sectoriais nos apoios às famílias. Estas devem ser consideradas no seu processo evolutivo, desde a sua formação até à morte dos seus fundadores, pai e mãe, sem esquecer as raízes, os avós, e os seus ramos, os filhos e netos. Além disso, deve ter-se sempre em conta a sua bio-psico-socialidade sem pôr à margem a vertente espiritual.

- A SUBSIDARIEDADE, que deve respeitar, promover e apoiar o respeito pela unidade basilar da sociedade, contribuindo para a capacitação de cada família, convidando-as e convocando-as para um desempenho de todas as capacidades, deveres e direitos que, por inerência lhes cabem e que, só em situações pontuais de incapacidade se podem ultrapassar. O Estado deve só intervir quando as famílias estiverem numa situação incapacidade de ser ela própria a resolver os seus problemas. Está nesta perspectiva, por exemplo, o cumprimento dos deveres educativos por parte dos pais, direito fundamental de que os pais nunca devem abdicar. Não podemos admitir um Estado educador das crianças e jovens. Assim, o PRINCÍPIO DA SUBSIDARIEDADE obriga à liberdade de educar e aos pais o reconhecimento efectivo de serem aqueles a escolher o tipo de educação a ministrar a seus filhos sem que , por isso, sejam penalizados como sucede actualmente.

- A SOLIDARIEDADE que está atenta às diferentes e multifacetadas debilidades de algumas famílias que esperam e devem ter o apoio da sociedade, a começar pelos detentores do serviço político. Como referi acima, estas debilidades devem abranger a globalidade da pessoa que é cada membro da família.

- A REPRESENTATIVIDADE que, é profundamente democrática e se entrosa com o Princípio da Subsidariedade e que desenvolve processos de escuta activa das famílias, isoladas ou associadas, procurando conhecer quais são os seus anseios e as suas legítimas aspirações/ reivindicações/carências … As famílias devem exercer o direito/dever de se expressarem sempre que as políticas interfiram com o bem-estar e justiça das famílias. O Estado deve ter a preocupação de sempre ouvir os anseios das famílias e nunca ousar substituir-se a elas. Daí a importância de organismos representativos estarem presentes nas grandes linhas de intervenção sócio-política e económica. 

São estas algumas das propostas que seria bom promover, a bem do Família, como célula-base de toda a sociedade e por onde, já hoje, passa o futuro da humanidade.

Não podemos calarmo-nos perante os ataques contra a Família e a sua estrutura natural, venham de onde vierem, a “tempo e a contra-tempo”.

Não podemos ficar indiferentes face aos modelos, da chamada pomposamente de “engenharia social”, puramente ideológicos que campeiam sem cabresto nos media, nas escolas e em muitos meios culturais e políticos e que estão a impor a toda a sociedade que não pode comportar-se com uma imbecilidade muda.

Eu não posso calar-me!

Não me calarei!

SANTA E FELIZ PÁSCOA COM CRISTO RESSUSCITADO!

SILERE NON POSSUM!

Carlos Aguiar Gomes, Braga, 06 de abril de 2023.