sábado, 31 de dezembro de 2022

Bento XVI - "Um simples e humilde trabalhador na vinha do Senhor"

Bento XVI
(1927 - 2022)
"Um simples e humilde trabalhador na vinha do Senhor"
Resquiescat in pace




“O Papa não é um soberano absoluto cujo pensar e querer são leis. Pelo contrário: o ministério do Papa é a garantia da obediência a Cristo e à sua palavra. Ele não deve proclamar as próprias ideias, mas vincular-se constantemente a si e à Igreja à obediência da palavra de Deus perante todas as tentativas de adaptação, de adulteração e todo o tipo de oportunismo.”

Bento XVI, sobretudo e sobre todos, em obediência à palavra de Deus, deixou sempre claro que as palavras do Papa e a doutrina da Igreja não se podem adaptar nem adulterar em função de modas ou oportunismos.



terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Marcelo confrontado por cidadãos em Murça. "Fala muito bem, é muito educado, mas não faz nada"

 


O Presidente da República foi confrontado por dois cidadãos exaltados que fizeram duras críticas sobre o triste estado a que o nosso Estado chegou...

"Haviam de ser os portugueses todos como eu, porque o senhor anda a enganar os portugueses. Há 40 anos, eu era pequenino. Com 11 anos, era com mangas e com baldes que apagávamos os fogos. 40 anos depois continuamos... O que andou a fazer o PS e o PSD? E o senhor presidente, ao tempo que está lá, o que fez? O senhor fala muito bem, é muito educado, mas não faz nada"

Resposta?...

segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Inundações...






Sim, as inundações são culpa disso... e da chuva… que de quando em vez cai!… estranhamente ouviu-se dizer que a culpa era das alterações climáticas… realmente o tempo altera: chove no inverno e faz sol no verão, às vezes não!…

sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

a Morte!...



Eis que… de repente… a única coisa que o Estado tem para nos oferecer é a única certeza que temos: a morte!…

A este respeito, importa recordar as palavras de Pedro Passos Coelho, alguém que viveu de perto o sofrimento da morte certa...


"O Parlamento prepara-se para aprovar, pela terceira vez, uma iniciativa de vários partidos para despenalizar e legalizar a eutanásia. É sabido que a última decisão parlamentar acabou por colher o veto do Presidente da República em razão de o Tribunal Constitucional a ter considerado desconforme com a Constituição em aspetos, aliás, para os quais várias opiniões juridicamente fundamentadas tinham chamado a atenção publicamente. O fim antecipado da anterior legislatura, precipitado pela decisão do mesmo Presidente, fez com que a nova tentativa só agora pudesse voltar a ser ensaiada pelos deputados. Veremos se o Presidente verá razões para voltar a suscitar a intervenção do Tribunal e, nesse caso, qual a declaração que este último emitirá sobre o texto que foi já aprovado na especialidade esta semana. Dado que não sou constitucionalista nem desejo discutir a constitucionalidade, não me manifesto sobre as eventuais desconformidades que ainda assim possam permanecer ou outras que eventualmente possam agora surgir no novo texto legal. A minha intenção é de natureza diferente e relaciona-se com a questão política de fundo.

Sou contra a legalização e despenalização da eutanásia por razões e dúvidas que tive já oportunidade de expor publicamente quando a primeira decisão parlamentar foi tomada. Tenho fundadas dúvidas, e as maiores reservas, de que as razões comumente invocadas para dar suporte a este novo regime – ser consequente com o respeito pela dignidade humana, com o reconhecimento pelo direito fundamental à autodeterminação e livre desenvolvimento da personalidade ou com a necessidade de mostrar misericórdia ou compaixão ativa perante o “sofrimento de grande intensidade” – sejam apropriadamente usadas para introduzir uma alteração tão radical na nossa sociedade como aquela que os deputados se propõem realizar.

A dignidade humana é inerente à pessoa. Deve ser invocada para defender e respeitar a pessoa enquanto tal e a vida em si mesma. Saber viver, ou morrer, com dignidade não é um sucedâneo óbvio ou imediato, mas uma questão de consistência com os valores que partilhamos. Não se perde a dignidade pelos infortúnios que a vida nos possa trazer nem se resgata dignidade simplesmente por não aceitar ou desejar viver uma vida que possa parecer ter perdido o sentido de ser vivida. Parece-me mesmo que há algo de perverso em se poder usar o conceito de dignidade humana para executar um regime público que ajuda a pôr fim à vida.


O direito à autodeterminação também não deveria ser entendido como um instrumento ao serviço do suicídio organizado socialmente. Percebe-se a intenção de usar conceitos e expressões da letra constitucional para evitar acórdãos desfavoráveis, mas no contexto da eutanásia a sua evocação soa abusiva. Como valor positivo, o reconhecimento à autodeterminação é a consagração formal do exercício do direito a ser (autónomo, independente, a ser-se quem é ou se deseja ser) e a ver respeitado tal direito. Como valor negativo importaria no reconhecimento formal ao direito individual a não ser e da respetiva aceitação social. A questão pode ser filosoficamente estimulante e pertinente, mas a extensão do reconhecimento desse direito a uma espécie de contrapartida constituída por uma obrigação social de ajudar alguém a não ser só pode ser uma corrupção, legal e filosófica, do direito à autodeterminação. Por mais defensor que seja, e sou, do princípio da liberdade, tenho dificuldade em aceitar que a extrema e, seguramente, desesperada decisão de alguém em pôr termo à sua própria vida possa entender-se como um direito a reclamar dos outros a obrigação de contribuir ativamente para ver concretizada tal decisão.



Finalmente, a questão da compaixão perante o “sofrimento” (físico ou psicológico). Mais do que as questões anteriores, esta parece ser a que socialmente mais continua a merecer a reflexão por parte das pessoas, e percebe-se que seja assim. Desde logo porque quase todos podem ter vivenciado situações de sofrimento de alguém chegado, seja porque a idade avançada trouxe esse desfecho, seja porque o infortúnio de uma doença oncológica, por exemplo, não conseguiu ser vencido. Poderia ter sido de outra maneira? Mas também porque cada um olha para o seu próprio futuro e receia ver-se confrontado com o mesmo desfecho. Terá de ser assim, ou poderá ser de outro modo? Estas possíveis perguntas compreendem-se muito bem e serão, no final de tudo, aquelas que angustiam mais as pessoas em geral. No entanto, não havendo respostas fáceis para estas perguntas, é possível conceber um sistema social em que o sofrimento seja amplamente evitado ou diminuído sem que as pessoas tenham de ser confrontadas com a necessidade de pedirem a morte, não para exercerem livremente a sua autodeterminação nem para se sentirem dignas na forma como vivem uma vida que está a chegar ao seu fim, mas para poderem viver o que lhes resta com o menor sofrimento possível, como é decente que se possa desejar. Parece-me claro que uma sociedade como a que temos hoje só não se organiza ou orienta nesse sentido se não o desejar ou não lhe conceder a prioridade devida. Realmente não há hoje razões para não oferecer a quem precisa pelo menos os cuidados médicos paliativos adequados que evitam muito do sofrimento.

Porque será que, em vez de serem exigentes perante os governos e a administração, no sentido de estes orientarem as prioridades naquele sentido, persistem tantos deputados em concentrar esforços em insistir numa solução que, no fundo, encaminha as pessoas para pedirem para morrer? E sendo esta uma alteração tão radical no modo como organizamos a vida e o seu fim, por que razão se escondem os partidos de modo geral na consciência de cada um para delegarem na iniciativa de deputados estas iniciativas, na vez de se apresentarem eles mesmos aos eleitores com propostas claras nestes assuntos? Repare-se que não discuto que a decisão de cada deputado nesta matéria é sempre uma questão de consciência individual. Mas uma coisa é aceitar a objeção de consciência neste tipo de decisão, outra é afirmar que não se tem uma conceção destas matérias enquanto partido e deixar que sejam os deputados por si mesmos a decidir o que a sua consciência indicar.

Não mudei de opinião nestes anos sobre isto. Não sendo um defensor de soluções referendárias neste tipo de matéria, compreendo que os que não se conformam com estas mudanças demasiado radicais procurem uma instância de recurso ou apelo para as evitar. Mas então faria sentido que pudessem assumir uma posição política substantiva na matéria enquanto movimentos políticos, porque é isso que fortalece o movimento de quem está contra e pede aos eleitores que não sufraguem esse caminho.

Como referi no início, não sei qual será o destino constitucional desta nova decisão do parlamento. Respeitarei, como sempre fiz, as decisões que formalmente vierem a ser adotadas. Insisto que não lanço qualquer opróbrio sobre as intenções de quem há anos insiste nestas mudanças e não desiste delas. O facto de não estar de acordo com tais ideias não me impede de reconhecer o direito que o parlamento tem de se pronunciar e deliberar sobre elas. Mas, não sendo questões passageiras e sem implicações maiores, devem merecer uma atenção política frontal de quem delas discorda. Estão os deputados que votarão favoravelmente a eutanásia persuadidos de que lutam por instituir um regime progressista e liberal, mais respeitador da dignidade humana? Não me custa aceitar que assim possa ser. Mas estou persuadido de que estão enganados nesse propósito. E quando olho para os poucos países onde tais mudanças se efetuaram e onde esse “progresso” chegou, mais razões acumulo para desconfiar da bondade dessa solução e para a rejeitar no meu país. Mais me convenço de que as boas intenções se abastardam com facilidade e de que mais nos encaminhamos para a desumanização orwelliana. Na anterior versão da lei pretendia-se antecipar a morte em razão de um “sofrimento intolerável” perante uma “doença fatal”, e agora já só se pretende reconhecer o direito a pedir a morte em razão de um “sofrimento de grande intensidade” perante uma “doença grave e incurável”? Sim, podemos julgar saber como a mudança começa, mas também sabemos como tem acabado, e sabemos isso quando olhamos para as experiências dos outros.

Mais do que esperar por uma decisão do Tribunal Constitucional, caso o Presidente da República sinta que deve suscitar a verificação preventiva de constitucionalidade ou caso um número adequado de deputados sinta que o deve fazer de modo sucessivo, o que desejaríamos era que os partidos que estão contra esta “revolução” de organização da eutanásia se comprometessem transparentemente em lutar pela sua revogação caso venham a lograr conquistar uma maioria de deputados no futuro. Era bom que se soubesse que haverá quem também não se conforma nem desiste de, no futuro próximo, colocar em cima da mesa a reversão desta decisão que o parlamento se prepara para tomar. Oferece certamente mais confiança para futuro e é claramente a democracia madura a funcionar."

https://observador.pt/opiniao/eutanasia-uma-decisao-demasiado-radical/


quinta-feira, 29 de setembro de 2022

São Miguel



São Miguel Arcanjo, defendei-nos neste combate;
sede nosso auxílio contra as insídias e ciladas do demónio;
exerça Deus sobre ele o seu império, humildemente vos pedimos!
E Vós, Príncipe da milícia celeste, por divino poder, precipitai no inferno a satanás e a outros espíritos malignos que vagueiam no Mundo para a perdição das almas.
Amem

(Oração da sua Santidade o Papa Leão XIII)

domingo, 5 de junho de 2022

quinta-feira, 2 de junho de 2022

It’s OK…

(…)

It's ok, it's ok, it's ok, it's ok

If you are lost

We're all a little lost and it's alright

It's ok, it's ok, it's ok, it's ok

If you are lost

We're all a little lost and it's alright

(…)


* Nightbirde, de seu nome Jane Kristen Marczewski, foi uma cantora e compositora americana. Faleceu em 19 de fevereiro de 2022 com 31 anos, pouco depois da sua participação numa audição no America's Got Talent em 2021, onde recebeu um Botão Dourado pela sua interpretação deste tema.

Deixou-nos entre outras, a seguinte frase: "É importante que todos saibam que eu sou muito mais do que as coisas ruins que acontecem comigo... Você não pode esperar até que a vida não seja mais difícil antes de decidir ser feliz."

No link seguinte podem ver a sua atuação no America's Got Talent:  https://youtu.be/CZJvBfoHDk0

quarta-feira, 1 de junho de 2022

Fazer mais e melhor do que Cavaco Silva - uma leitura muito interessante para o dia da criança que hoje se comemora

Fazer mais e melhor do que Cavaco Silva - uma leitura muito interessante para o dia da criança que hoje se comemora

Uma leitura muito interessante que coloca em clara evidência as diferenças da governação de Cavaco Silva em comparação com a de António Costa... é como ensinar crianças a ler!...

Gosto particularmente das seguintes frases:


"Sendo conhecida a sua vontade de fazer reformas e habilidade no diálogo com o maior partido da oposição no sentido de as concretizar, estou certo que, com o seu governo de maioria absoluta, tudo correrá na perfeição.

Nenhum partido, nenhuma organização sindical, empresarial, social, cultural ou ambiental se queixará de falta de diálogo e de abertura do governo para aceitar as suas propostas; as reformas que o país urgentemente necessita serão feitas em clima de toda a tranquilidade política e a decadência relativa do país em termos de desenvolvimento será revertida."

sexta-feira, 25 de março de 2022

27 de março de 2020 // 25 de março de 2022

 27 de março de 2020 // 25 de março de 2022


104 semanas completas separam estas duas datas... duas sextas-feiras de Quaresma que marcam por completo as nossas vidas.


Há dois anos, estávamos perante uma guerra contra um vírus, ainda desconhecido... uma coisa contra a qual não tínhamos armas, contra a qual não sabíamos ainda como nos defender... fechamo-nos em casa... isolamo-nos... com isso salvamos as nossas vidas e a de tantos e tantos que não infetamos... 


Hoje, estamos perante um cenário de guerra... uma guerra com armas verdadeiras... uma guerra que obriga tantos a fugir das suas vidas e das suas casas...


Nestes dois dias, um sinal é mostrado ao mundo: há, independente dos nossos credos, algo que nos une: a Fé... e Francisco, Homem de Fé, reza connosco e por todos nós... 


Há dois anos dizia que estávamos todos no mesmo barco e pedia que Deus nos guiasse no meio da tormenta do COVID. Hoje, diz que nós, pecadores, "perdemos o caminho da paz. Esquecemos a lição das tragédias do século passado, o sacrifício de milhões de mortos nas guerras mundiais. Descuidamos os compromissos assumidos como Comunidade das Nações e estamos a atraiçoar os sonhos de paz dos povos e as esperanças dos jovens. Adoecemos de ganância, fechamo-nos em interesses nacionalistas, deixamo-nos ressequir pela indiferença e paralisar pelo egoísmo. Preferimos ignorar Deus, conviver com as nossas falsidades, alimentar a agressividade, suprimir vidas e acumular armas, esquecendo-nos que somos guardiões do nosso próximo e da própria casa comum. Dilaceramos com a guerra o jardim da Terra, ferimos com o pecado o coração do nosso Pai, que nos quer irmãos e irmãs. Tornamo-nos indiferentes a todos e a tudo, exceto a nós mesmos. E, com vergonha, dizemos: perdoai-nos, Senhor!"