terça-feira, 26 de novembro de 2013

Cumprir e fazer cumprir a Lei...

Ando há já alguns dias a pensar numa forma de abordar este tema. Estou a falar da manifestação das forças de segurança que recentemente se realizou em Lisboa.

Antes de mais, digo que achei simplesmente vergonhosa a invasão das escadarias da Assembleia da República. Parece-me que aqueles que são pagos para fazer cumprir a Lei, não podem nas suas horas vagas, e na defesa dos seus direitos, violar a Lei que juraram cumprir e fazer cumprir.

É claro que neste ponto podem estar a pensar que muitos outros estão nesta situação: o Governo, o Presidente da República, e muitos mais, também juraram cumprir e fazer cumprir a Lei, e estão constantemente a ser acusados de o não estarem a fazer...

Terão razão para se manifestarem desta forma? provavelmente, e tal como a maior parte das pessoas que se sentem enganadas e injustiçadas com as medidas do governo até têm alguma ponta de razão.

Mas a verdade é que não deviam ter feito o que fizeram... a violação da Lei não resolve o problema e quem realmente ficou mesmo mal na fotografia foram os manifestantes, que claramente violaram a Lei.

Porém parece-me que a culpa não é deles; os grandes culpados são os políticos que ao longo dos tempos, para lhes "comprarem" a lealdade, lhes deram a possibilidade de fazerem algo que não deveriam poder fazer: sinceramente, militares e agentes de segurança não deveriam poder manifestar-se da forma como o têm feito.

Este não me parece um direito daqueles que têm por missão fazer cumprir a Lei.

Para terminar quero referir-me a um outro acontecimento, ou melhor, a dois acontecimentos: a condenação do militar da GNR e a morte em serviço de outro, que ocorreu no passado sábado. O primeiro caso choca-me; não consigo entender uma justiça que condena uma pessoa que no cumprimento da missão comete um ato menos acertado. E nisto questiono-me sobre o que aconteceria se o militar que faleceu, antes tivesse abatido o cidadão moldavo que cometia a atrocidade de brincar com a vida das pessoas.

Afinal, a quem pertence a democracia?


Estava a ficar preocupado e a pensar que apenas eu via as coisas desta forma... mas finalmente vejo que há mais, provavelmente até há muita mais gente do que aquela que se imagina que considera que a democracia não é propriedade de esquerda nem de direita...

Ora, tal como todos sabemos, democracia, é um regime de governo em que o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos, direta ou indiretamente, por meio de representantes eleitos.

Quer-me parecer que muita gente se esquece disto e se arroga de uma dose de democracia tal, que faz com que todos os outros sejam verdadeiros antidemocratas e ditadores...

O dia que terminou há pouco tempo traz-nos à memoria um grande homem da história recente do nosso país: General Ramalho Eanes. A ele devemos grande parte, para sinceramente não dizer a totalidade da democracia que temos. A ele devemos a nossa liberdade. 

É pena que outros, muitos, que ao longo da sua vida apenas souberam colocar-se ao serviço do país, para do país tirar grandes dividendos, se arroguem de defensores da democracia e critiquem tudo e todos, como se eles, e só eles fossem os "inventores" da democracia e liberdade em Portugal.

Para responder à pergunta "Afinal, a quem pertence a democracia?", parece-me que há apenas uma resposta: a democracia pertence a todos nós. A democracia somos todos nós.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

"Em defesa da Constituição, da Democracia e do Estado social", peço ao Dr. Mário Soares que pense...



"Em defesa da Constituição, da Democracia e do Estado social", Mário Soares e mais uma imensidão de pessoas, das esquerdas e não só, reuniram-se na Aula Magna para "salvar Portugal"...

Mas que coisa caricata! Imagine-se só que são precisamente alguns dos maiores coveiros do nosso querido país, que agora se arrogam do estatuto de salvador para nos SALVAR...

É preciso ter um grande descaramento para depois de tudo o que fizeram, ou deixaram de fazer, virem agora com estas tretas... agora... Não entendo onde estas pessoas andam com a cabeça. Não basta a má situação em que efetivamente nos encontrámos, ainda vêm assustar as pessoas com coisas tão absurdas como falar em ditadura.

É no mínimo hilariante ver Mário Soares, que pisou a Bandeira da República Portuguesa, que publicamente enxovalhou um militar da GNR, que disse para atirar cidadãos portugueses aos tubarões, que há 30 anos mandava os portugueses apertar o cinto, aumentando descaradamente os impostos e desvalorizando o saudoso Escudo, enquanto nos metia nesta coisa que é a Europa, que se “fazia transportar” em cima de uma tartaruga, e outras coisas vergonhosas mais, já para não falar do facto de ter andado sempre calado no tempo em que o Eng. Sócrates (des)governou o nosso país, venha agora arrogar-se de dono da salvação… Enfim, haja paciência para aturar isto…

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Delfim Pereira (1960-2013)


A vida prega-nos cada rasteira...

Costumo dizer que na vida temos muito poucas certezas. Sabemos que nascemos, acreditamos (aqueles que acreditam) que Deus existe, e temos a certeza que vamos morrer... Não sabemos quando, nem de que forma... apenas sabemos que vamos.

Hoje, Delfim Pereira, partiu aos 53 anos de idade...

Um grande bem haja pela sua curta vida... Um grande abraço à família...