Continuo a pensar na reação que algumas pessoas têm para com a crítica…
Diz o dicionário que a crítica é análise, a avaliação feita com maior ou menor profundidade, de qualquer produção intelectual (de natureza artística, científica, literária, etc.) ou de uma qualquer ação ou falta dela, ou seja, é uma apreciação. Criticar, é assim, a capacidade de julgar, de emitir uma opinião favorável ou desfavorável relativamente a alguém ou a alguma coisa.Ora, tendo eu 44 anos, feitos, como diz o Sérgio Godinho, há algum tempo e, estando a desempenhar a função de Presidente de Junta de Freguesia de Rebordões-Souto há quase 8 anos, há uma coisa de que nunca me esqueço no que à crítica diz respeito: acrescenta sempre alguma coisa, seja ela positiva ou negativa.
Todos estamos sujeitos a que as nossas ações (ou inações) sejam avaliadas. Mas, quem está, de alguma forma na vida pública, quem tem que tomar decisões, quem tem o poder (efémero) de determinar mudanças (por mais pequenas que sejam) na vida dos outros, tem que perceber e aceitar a crítica; tem, obrigatoriamente, que perceber que, logicamente, não irá ter só opiniões positivas… acredito que terá mesmo que desconfiar se não existirem opiniões contrárias à nossa.
E isto que referi anteriormente tem que se aplicar a quem está “no poder”, mas também, e por maioria de razão, a quem o almeja e a ele se candidata…
Durante os oito anos que agora terminam, realizou-se na Freguesia de Rebordões-Souto, a reunião pública mensal dos executivos a que presidi… nesta reunião, a qual tem sempre grande participação, tive sempre o cuidado de permitir que todos usassem a palavra… que o fizessem com respeito (coisa que aliás aconteceu)… e que dissessem sempre o que lhes ia na alma, o que entendiam ser melhor para si e para a nossa terra. E, quem desejava falar, sempre falou, uma, duas, três, as vezes que fosse necessário…
Recordo bem que ao longo destes oito anos foram duas ou três vezes aquelas que tive que cortar a palavra a alguém, coisa de que aliás de arrependo.
Mas, se há coisa de que me orgulho é de terminar a reunião, assimilar as críticas, positivas e negativas, sair a porta da sala de reuniões e ter tempo para conversar com quem ainda se encontrar, mesmo com quem nos teceu críticas.
Imaginem se assim não fosse: à primeira crítica negativa, dava por terminada a reunião?…